Atraída pelo intercâmbio agrícola

Desde seus tempos de ensino médio, Lavínia já tinha conhecimento sobre os intercâmbios agrícolas.

“Uma professora minha tinha feito na época da sua graduação um intercâmbio agrícola pra Austrália e eu amava quando ela contava sobre essas experiências”.

Esse relato despertou seu interesse, que, logo ao ingressar na faculdade, iniciou a busca por agências que pudessem auxiliá-la a realizar o próprio intercâmbio agrícola.

“Eu pesquisei muito e encontrei várias empresas. Mas o que me fez optar pela Work&Trip foi justamente toda atenção que eles me deram desde o início [...] e até mesmo o cuidado que eles tiveram comigo em todas as etapas do processo até eu estar aqui na Dinamarca”.

 

Experiência profissional na Dinamarca

Seu trabalho na Dinamarca ocorre em uma empresa de produção orgânica de vegetais e plantas ornamentais em potes, incluindo a produção de rosas e campânulas.

“Dentro dessa empresa em que eu trabalho há o setor de orgânicos, a priori eu fui contratada para atuar nessa área. E assim eu trabalhei durante a primavera e o verão com a produção orgânica de morangos, tomate cereja, ruibarbo, folhosas, temperos como alecrim, manjericão, tomilho, cebolinha, coentro, sálvia, enfim, várias culturas.

O meu trabalho durante esse período era basicamente preencher os potes com substrato, alocá-los nas mesas, como essas aqui e alguns pratos culturais como poda, irrigação e também o beneficiamento. Com o tomate cereja, por exemplo, eu participei desde a semeadura até o tutoramento e beneficiamento”.

 

Ampliando conhecimentos e desenvolvimento pessoal

Apesar de sua atuação ser principalmente prática, Lavínia buscava constantemente aprender mais sobre os processos agrícolas.

“Cada dia era uma atividade diferente e isso foi muito bom porque eu pude aprender bastante. Eu confesso que na área técnica não foi muito abordado, até porque nós como estagiários a gente está aqui para trabalhar”.

“Mas durante vários momentos eu perguntava para o meu chefe, para as pessoas que trabalhavam comigo “como que funcionava aquele processo, por que que ele era feito de determinada maneira?” Enfim, todos eram muito abertos para me responder essas perguntas”.

Posteriormente, deu início ao cultivo das plantas ornamentais, trabalhando com culturas como aloe vera, monstera, clorofito, begônia, filodendro, participando apenas da fase inicial, até o transplantio, depois direcionada para o setor de produção de rosas. Lá trabalhou com o packing e também com a propagação de rosas.

Além disso, Lavínia destaca a diversidade cultural presente no ambiente de trabalho, com colegas de diferentes nacionalidades.

 

Vida na Dinamarca

Lavínia compartilha que sua acomodação é uma casa compartilhada com sete pessoas.

“Nessa empresa em que eu trabalho há três casas para os estagiários, na casa em que eu estou atualmente, moram sete pessoas contando comigo. Quatro pessoas são da Ucrânia, um do Vietnã, um dinamarquês e eu do Brasil”.

“Cada um tem seu próprio quarto e nós compartilhamos áreas comuns, como a cozinha, sala de estar, banheiro. No trabalho, no dia a dia, há uma variedade cultural muito grande, porque além dessas pessoas países que eu mencionei, eu também trabalho diretamente com poloneses, romenos, lituanos e de outros países”.

No que diz respeito à locomoção, a empresa forneceu uma bicicleta a Lavínia, aproveitando a extensa rede de ciclovias e a topografia plana da Dinamarca. Ela também menciona que o transporte público é eficiente, embora tenha um custo um pouco elevado.

“A Dinamarca é basicamente plana, o único problema é que venta e venta muito e pode ter certeza de que em qualquer direção que você estiver indo, o vento vai estar contra você!”.

 

Realização pessoal e oportunidade de viajar

“Eu sei que o investimento para realizar um intercâmbio agrícola é alto, mas com cerca de cinco, seis meses de trabalho, eu consegui pagar tudo que eu investi e desde eu uso o meu salário pra me manter aqui, guardo uma parte de reserva e o restante eu uso pra uma das coisas que eu mais gosto de fazer, que é viajar”.

Até o momento, ela já visitou países como Suécia, Alemanha, República Checa, Países Baixos, Áustria, Hungria, Eslováquia e Escócia.

“Para mim é um pouco difícil colocar em o quanto o intercâmbio agrícola é incrível. Porque ele me permitiu não apenas desenvolver e aprimorar as minhas habilidades profissionais”.

 

Considerações Finais

Ao acompanhar a jornada de Lavínia, podemos perceber como um intercâmbio agrícola pode oferecer um ambiente de aprendizado enriquecedor, aliando a experiência prática ao desenvolvimento pessoal.

“Eu nunca tinha estagiado em estufas no Brasil, apenas a campo, mas ele também me auxiliou e auxilia muito no meu desenvolvimento pessoal, porque já é um desafio você morar sozinho, agora você morar sozinho há mais de dez mil quilômetros de distância da sua casa, da sua família, dos seus amigos convivendo com pessoas de diversos países e perceber que você consegue é assim engrandecedor e muito gratificante”.

“Para finalizar se eu pudesse dar um conselho para vocês, é que se tiverem a oportunidade, façam intercâmbio agrícola. Eu tenho certeza de que vocês não irão se arrepender dessa escolha. Que para mim foi uma das melhores que eu já tomei na minha vida”.

Essa experiência diversificada e transformadora, vivenciada por ela, serve como incentivo para que outros estudantes busquem oportunidades semelhantes, expandindo seus horizontes acadêmicos e profissionais enquanto exploram diferentes culturas e países.

“Obrigada e a gente se vê por aí!”.